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Saída dos EUA do Acordo de Paris: como isso impacta a descarbonização global?

Em 20 de janeiro de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou pela segunda vez a retirada do país do Acordo de Paris, um pacto global firmado em 2015 por 196 nações com o objetivo de combater as mudanças climáticas


A decisão levanta preocupações sobre o futuro dos esforços globais de descarbonização e o papel dos EUA nesse contexto. Confira mais a seguir!


Do que se trata o Acordo de Paris?


O Acordo de Paris visa reforçar a resposta mundial ao desafio das mudanças climáticas, incentivando países a adotarem medidas mais ambiciosas para reduzir suas emissões.

O objetivo desse tratado internacional é limitar o aquecimento global a abaixo de 2 graus, com esforços para restringi-lo preferencialmente a 1,5 graus. 


Cada país signatário do Acordo possui metas voluntárias específicas de redução de emissões de gases de efeito estufa, conhecidas como Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). 


Essas metas devem ser revisadas de tempos em tempos a fim de aumentar a ambição climática.


foto de politicos em momento de votação referente ao acordo de Paris


Quais países assinaram o Acordo de Paris?


O Acordo de Paris foi assinado por 195 países em 2015 e entrou em vigor em 2016, com o objetivo de reduzir as emissões de gases do efeito estufa e limitar o aquecimento global.


Países como Brasil, Estados Unidos, China, Índia e membros da União Europeia fazem parte do acordo. Todos se comprometeram a adotar medidas para enfrentar as mudanças climáticas e buscar a neutralidade de carbono nas próximas décadas.


EUA deixa pacto pela segunda vez 


Os Estados Unidos têm uma relação conturbada com o Acordo de Paris. Em 2017, durante o primeiro mandato de Trump, o país já havia anunciado sua saída do pacto, justificando que o acordo prejudicava a economia americana. 



foto mostrando a fachada da casa branca

Em 2021, sob a administração de Joe Biden, os EUA retornaram ao acordo e estabeleceram metas mais ambiciosas de redução de emissões. Agora, em 2025, Trump novamente retira o país do compromisso.


A justificativa de Trump é de que o pacto impõe perdas econômicas aos EUA, enquanto outros países, como a China, supostamente continuariam emitindo poluentes sem sofrer as mesmas penalidades. 


Qual será o impacto nas metas globais de descarbonização?


A saída dos EUA do Acordo de Paris representa um grande desafio para as metas globais, já que o país é hoje o segundo maior emissor global de CO₂, responsável por aproximadamente 15% das emissões de gases de efeito estufa no mundo. 


Sem o compromisso dos EUA, alcançar as metas do Acordo de Paris torna-se mais difícil, exigindo mais esforços de outros países, incluindo o Brasil, para compensar essa lacuna. 


Reações internacionais ao anúncio de Trump


Apesar de ser um movimento esperado, a comunidade internacional expressou preocupação com a decisão dos EUA. 


Contudo, líderes de todo o mundo enfatizaram a importância de manter o compromisso com o Acordo, destacando que a luta contra as mudanças climáticas vai continuar, independentemente da posição dos EUA. 


A União Europeia e a China, por exemplo, já reafirmaram suas metas de redução de emissões e seu compromisso com a transição para uma economia de baixo carbono. 


Possível efeito dominó


Para alguns analistas, a decisão dos EUA pode desencadear um efeito dominó, levando outros países a reconsiderarem seus compromissos climáticos. 



Gráfico representativo do acordo de carbono nos países

Fonte: Climate Watch - PIK (2024) • Emissões de CO2 excluindo Mudança de Uso da Terra e 

Florestas


A previsão é de que nações que enfrentam problemas econômicos ou dependem de combustíveis fósseis possam acabar usando a saída dos EUA como justificativa para diminuir esforços de descarbonização.


Qual será o impacto para os EUA e outros países?


No geral, uma das consequências da saída dos EUA do pacto pode ser a redução da competitividade do país no mercado de tecnologias limpas. Enquanto outras nações investem em energias renováveis e sustentabilidade, os EUA correm o risco de ficar para trás.


Vale dizer que, apesar da posição do governo federal, estados como a Califórnia e Nova York anunciaram que devem seguir implementando políticas ambientais rigorosas. 


Além disso, um grande número de empresas privadas americanas seguem investindo em energias renováveis e práticas sustentáveis, buscando reduzir suas pegadas de carbono.


O papel do Brasil na COP30


Entre outras consequências, a saída dos EUA do acordo aumenta a responsabilidade de países como o Brasil na liderança dos esforços climáticos. 


Com a COP30 programada para ocorrer em Belém, nosso país tem a oportunidade de assumir um papel importante no debate e na promoção de políticas de descarbonização. Quem sabe até mobilizando outros países para aumentar suas ambições climáticas. 



foto do banner de apresentação da cop30


O recente declínio nas taxas de desmatamento na Amazônia é só um exemplo que o país pode apresentar como contribuição para a mitigação das mudanças climáticas. 


Conclusão


Como vimos, a saída dos EUA do Acordo de Paris deve gerar um impacto nos esforços globais de descarbonização. No entanto, a continuidade do compromisso de outros países, de alguns estados americanos e até do setor privado é importante para manter o progresso na luta contra as mudanças climáticas. 


Para se manter informado e saber mais sobre descarbonização e sustentabilidade, acompanhe de perto o blog da Descarbonize


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